sábado, 2 de fevereiro de 2013

Embriagar dos seis sentidos

Sente: o acaso reavivou essa amizade multicor
Põe o ouvido: de um lado ela soluça
e embarcar na outra ponta, que perde o fôlego de rir
Olha: sem as máscaras cotidianas
o outro vira um menino bonito como a infância
e de cá o reacender do ímã cria doces e salgados
se lambuza de tempero e compartilha
a efervescência gastro-natureba-gourmet
Cheira: o perfume amadeirado batizou
a bancada de trabalho
criando uma âncora emocional
e disparando flashs de curta metragem
que o olfato é a mais rápida das memórias
Escuta: esse som tem um novo lastro
se impregnou de mais um ciclo
já não pode ser ouvido da mesma maneira
Morde: o que sai do forno
é salpicado desta gana
de inventar outros pratos
de besuntar panelas
e se embebedar com a alquimia wicca
Tateia: esses cremes já voltam
testados e aprovados
o perfume, trilha do dançar dos dedos
e o Ph um desconcertante embaralhar dos pelos da pele
Aguça o sexto sentido:
o que prevê a irriquieta palavra
de onde vem a cena que o sonho ensaia
para onde vai essa mancha do reencontro
de onde surge esse abraço que levanta
como brota esse toque que apazigua
Toma essa chuva comigo?
Nesse abraço é que mora o perigo

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