sábado, 27 de outubro de 2012

A terapêutica do trabalhar ensandecidamente

Cortando apresentação e colando nas fichas de apoio ao apresentador já tinha tido um processo de cura,  num dos primeiros plantões: guardadas as devidas proporções, já tinha batalhado pelo que os colegas do serviço fazem: democratização da saúde bucal. Atendimento emergencial e implante mais barato para o amor de repescagem que virou amizade à distância. Torceu para que ele terminasse o tratamento, apesar da nova fase de investimentos na eternização da existência dele. E comemorou: "antes nela do que neu"! Colou tudo errado ao término da ajuda oferecida, mas - bendita seja a cola Pritt - salvou tudo a tempo!
E no "intensivão" de capacitação, vivências, confraternizações e premiação de voluntários, se emocionou ouvindo depoimento das mulheres vítimas de violência doméstica atendidas pelo projeto Apolônias do Bem. Esta é a padroeira dos dentistas, que teve seus dentes quebrados e arrancados. O segundo maior foco da violência, nestes casos, segundo a Turma do Bem, é a boca. Dezesseis tomaram paneladas! Primeiro que ouvir parabéns de uma delas já a fez dormir maravilhada. Segundo que depois de lavar o rosto com água salgada, lembrando da colega que arrastou para a Delegacia das Mulheres, mas não conseguiu fazer registrar a queixa depois de quase ter sido sufocada pelo companheiro ainda grávida, sentiu-se profundamente grata aos homens da sua vida. Todos muito civilizados. O que foram xingos e gritos perto do que ficou sabendo? O que não nos mata nos fortalece.
 

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