quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Dos 36...

...fico feliz de chegar com sua dor de amor partindo. Que você já consiga rir noites inteiras com o pé na porta do seu pai. Que tenha percebido o milagre da vida de cara sóbria. Que esteja achando maturidade e não velhice curtir o som dos mais velhos. Com suas poesias a caminho e com agenda de lançamento em nova coletânea, agora com mais espaço. Com o curta online! Com as delícias de argumentar e rir em pleno corpo a corpo telefônico com os jornalistas. Com o juízo batendo à sua porta e você - miraculosamente - atendendo! Com as auto cobranças partindo. Com as miseráveis comparações batendo em retirada. Com a capacidade de deixar falando sozinho sentimento insalubre. Com a sabedoria de saber que está apurando e escrevendo mais em assessoria de imprensa do que em redação. Com neuras velhas de guerra sem voz para pirar o cabeção. Com a nova contaminação do estádio. Com as dores dos imprevistos saindo de cena, dando lugar à necessidades e boas ideias. Com interlúdios naturebas, zen e braçais à vista. Com a palavra limpando quando vaza demais. Com uma desconfiançazinha saudável a postos quando necessário. Com tudo certo, nada resolvido, mas a piada sempre a postos. Ainda com a capacidade de rir e chorar junto. Contando com ajuda quando não dá para segurar a bronca por conta própria. Querendo estudar, voltar a se exercitar, mas sabendo que mudança de ano é só uma folhinha na parede. Sabendo que amanhã é só uma miragem. Cansada de esperar. Pondo vontades irracionais de castigo para pensar. Cortando viagem na goiabada de quem gosta de você, mas só sabe amar aos solavancos. Mudando de assunto propositadamente com os pé no peito da sua vida, como a tia doce ensinou. Não bancando a atriz digna de Oscar quando não é possível, se rendendo ao abraço, cama e cochilo quando está corta pulsos pois sabe o quanto o sono é super hiper mega bláster restaurador. Descobrindo que a vizinha descompensada com os filhos tem ótimo gosto musical. Sustando repressão familiar de quem te ensinou a ficar à vontade, mesmo com tanta vizinhança Big Brother voyuer. Indo atrás do que realmente faz diferença. Comemorando as unhas coloridinhas. Corrigindo a postura e se descobrindo outra no reflexo do espelho. Mantendo o que vale pelos sobe e desce profissionais: as pessoas. Posso chegar chegando agora que estamos semi novas? Da sua nova idade

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