quinta-feira, 3 de setembro de 2015

"Nem de humanas, nem de exatas, sou de faxinas"

Não sabia muito bem como era arrumar irmão "semi nova". Acostumei mal e porcamente a comemorar uns irmãos passageiros aqui e acolá, coisa de filha única meio inconformada, mas desses assim de puxar a orelha quando estamos viajando rumo ao precipício, de brigar pela gente (e bater boca nem é muito a praia do mano aê), sacudir para ver a parte boa, inventar "naturebices" juntos, ajudar com trampo que se troca aos 45 do segundo tempo, repetir comida, mimar gata, meditar, desbravar a zona lost, redescobrir o centro que para mim ainda era uma incógnita, roubar cama, pintar o azulejo do banheiro de tinta impermanente da minha temporada ruiva "no estado de espírito", avisar dos retiros imperdíveis, suavizar das chutadas de pau na barraca "dazamiga", dos alunos, "dos mino", se sacanear, rir de bobajada, indicar conteúdo relevante nesse mar infinito de informações que é a Internet... Sei não, a isso tudo estava completamente desacostumada. Daí a gente se vê nuns surtos de filhauniquice, justo eu, me orgulhava de ouvir que não parecia, de caçar informalmente (ou nem tanto) esses manos que a vida não dá e mesmo assim a gente descola... Quando desencanamos e eles caem no nosso colo, não reconhecemos a tal bênção que para pedir, "protocolamos a solicitação em três vias, reconhecemos firma e entramos na fila". É que esse amor de mano, ainda que inofensivo, atropela a gente dum jeito que mandamos anotar a placa do caminhão. Mas depois do estrago OM NAMA SHIVAYA que com estas bobajadas do cotidiano não há de se perder muita energia! Ele faz parte do meu top 3 signos dificultosos, mas geralmente é do que se corre que se cai em queda livre no colo. Já fizemos faxina, já torcemos pra Copa, já empatamos a paquera alheia, já multiplicamos os amigos, já dançamos bêbados, animamos pra ensinar, brochamos também, conferimos peça, tomamos chuva, voltamos à infância no cinema, "alugamos" parceiros antigos de faculdade, militamos... Ele manda pra casa quando a teimosa aqui está caindo em pé querendo prosear na Praça Roosevelt... Tem um porrilhão de coisas que ele já me ensinou, só não sei se listo em ordem alfabética ou cronológica... Rarará! Mas acho que a mais surpreendente foi amar virginianos pé no peito. Feliz aniversário quase literariamente mano!

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