segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Espontaneamente imaginativos

Inspirada na reclamação de um amigo sobre suas colegas corujando demais as crias, estou pior que mãe. Os estudantes espirram e eu lá babona: "owm"... Mas não é "tchutchuco" pedir idéias de bibliotecas diferentes e eles me trazerem mesmo sem valer nota, ponto positivo ou presença? Fiz varais das propostas deles na biblioteca em que trabalho e ficou uma graça: tem Kombiteca, Ecoteca, Interplanetarioteca (numa nave espacial), carteiroteca (que levaria cartas e livros), biblioteca flutuante (nessa eu queria trabalhar), gatos que entregam livros (Ligatos), cachorros bibliotecários (Bibliocão), Jatoteca (num jatinho), cinemateca, BiblioTV (parecida com a campanha de colega radialista "desligue a TV e vá ler um livro), Cai Passa (sempre que alguém passa cai um livro em suas mãos), Bibliofila (perto das esperas dos brinquedos de parques de diversão), Biblioprédio (um prédio na Vila Mariana tem), Bibliolanche (na lanchonete), Bibliorápido (tem carro perto... Será que é no ponto de táxi?), Biblioviagem (em aviões, quem sabe alivia o pânico de voo de tantos que trabalham em trânsito), Caminhoteca (meu primo caminhoneiro toparia trabalhar nela), Denteca (em formato de canino, pra distrair medo nos dentistas), Biblioestação (talvez nos irritássemos menos quando as CPTM da vida interditassem parte das linhas), Bibliotáxi, Biblioparque, Bibliorante (no restaurante), Biblioshopping (com lojas, por exemplo, especializadas em livros de aventura), Mercadoteca, Helilivro (nos helicópteros), Livro Doce ("quando João e Maria se perdessem encontrariam uma doce livraria"), Estatuoteca (será que ficaria num museu?), Biblioestádio, Lousateca (vamos combinar que é um uso muito melhor pros quadros verdes?), Bibliocarro, Bibliopiscina e Lemoteca (não, não tem formato de uma limonada suíca).
Sei que não dá pra comparar, mas no Estado valia nota e o retorno era de meia dúzia entre os 400 estudantes que lecionava.
O "folclore do magistério" me fez esperar aluno dizendo que "pagava meu salário", mas eles são uma graça. Não dá pra comparar a alegria de saber boas notícias dos ex alunos na educação (ainda que voluntária) de ouvir elogio a um texto (na semi profissional comunicação). O jornalismo, como diz um colega me mudou. Mas a educação muda o mundo.
P.S.: Em tempo: reencontrei um colega que dava (literalmente) aula comigo no cursinho comunitário de vestibular do Educafro no Heliópolis. O pessoal que trabalhava lá foi contar à mãe dele, que ainda tem
comércio na comunidade, que temos ex aluno em Stanford! Direto da maior favela de São Paulo!

Um comentário:

  1. Seus textos me inspiram, Amora. Amei cada sugestão de seus alunos queridos.
    Partilhar aqui estas experiências, é um presente aos leitores.

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