quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Eita...

Eita!
Que não te esperava nessa esquina
Não me quebrando na emenda
Não fora dos sonhos pré moldados
Não desencaixando e soltando faísca
Eita!
Que não te imaginava tão perto
Nem te idealizava com esse ideário de brilhar os olhos
Não te ouvia com meu poeta favorito
Ao pé do ouvido, abraçado
Eita!
Que não esquentava
minhas receitas
em banho maria
pra você temperar
Eita!
Não te paqueraria entre brigadeiros
e tinta comestível
Pedindo o inconfessável pelo sorriso
E atropelando tuas mãos
Eita!
Não ficaria sem fala com teu toque
Nem sem jeito com seu elogio
Muito menos risonha com seu torpedo
Eita!
Não te batia e assoprava tão rápido
Nem perdia brinco pelo caminho
Ou estudava encostada na sua tranquilidade
Eita!
Não levantava cedo pra te acompanhar
Nem punha a mão na massa pra te apoiar
Ou deixava essa história da zona de conforto me fazer migrar

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