sábado, 17 de agosto de 2013

Amor aos solavancos

O corpo
meio passional
e meio brincalhão
Se deitou
ao lado teu
e o chão
não estremeceu
Deus do céu
esse peito
te esqueceu
Você ressonou
assim pertinho
e meu maior órgão
Não quis nenhum carinho
Tua mão terapeuta
ajustou minha perna
e teu toque
não deu choque
É uma graça alcançada
minha dor foi aquietada
Outro amor
o silêncio do quarto fez lembrar
mas finalmente sem dor
e nenhuma borboleta no estômago voar
Quando o ensaio
de paixão atual
minha coluna arrepia
não confio: essa faísca
é sempre igual
Assenta coração tropeiro
que nos teus solavancos
boto cabresto e reio 
Franzoca Brandão

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