E depois, fui descobrir qual era a da dança tribal. Ela me redimiu da humilhação anos antes de achar que tinha que nascer com novos quadris na dança do ventre. O que uma dançarina com didática não faz? Lembrei da minha contação de histórias do sagrado feminino, como estes movimentos cairiam bem ali. O grupo fez uma apresentação chamada Faces no teatro do Arquidiocesano três anos atrás (cáspita de Google, nada de vídeo ou fotos), com breve locução e danças homenageando Salomé, Joana D´Arc, Anita Garibaldi... Imagine que desbunde! Lembrei que na minha apresentação de Miseráveis no Teatro Ruth Escobar sofri horrores com a preparadora vocal mandando rebolar com uma delicadeza hitleriana, para descobrir dois anos depois nas preliminares do Processo, com o diretor porta estandarte do pós dramático que TODA MULHER REBOLA e que graças à nossa bacia, provavelmente preparada para parir, não conseguíamos andar neutro como um exercício propunha. Ah, vá!
Rebolei horrores uma hora inteirinha! E aquele braço meio em mudra, meio preparando vôo, que às vezes lembrava alça de vaso e noutras movimento de dança indiana? Espero dar tchau ao músculo do adeus. Contrai a barriga! E com o vestido impróprio que estava para a prática, que esvoaçava para lá e para cá, nunca me senti tão feminina! Louca para retomar meu trabalho quase autoral de contação. Mulherices. E nem estou naqueles dias!
Falei para a profe que pode arrumar mais aula, ganhar uma grana e nos chamar para o open house da cobertura dela em pouco tempo marqueteirando o nome para dança feminista. Ou da femilindade. Oferecer em associações de mulheres. E viva o poder do sexo nada frágil!
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