Esta semana paguei o segundo mico profissional por roer as unhas. Fiz um teste de propaganda e pediram para por as mãos na frente do rosto, fariam um close, pois num dado momento do comercial minha mão apertaria o controle remoto... Vexame total! Ainda bem que tinha tirado o esmalte descascado mais cedo, já pensando que nessas ocasiões "imagem é tudo" e tinha dado um tapa colorindo mais cedo correndo, mas com unhas comidas e outras crescidinhas, perdi sei lá quantos pontos na seleção.
Há anos atrás, acompanhando uma fotógrafa que fazia imagens do quiosque de revelação digital de um ex cliente de assessoria, ela me pediu que indicasse não sei o que na tela para fazer um detalhe. E desistiu, claro, pois na época as extremidades dos meus dedos eram ainda mais detonados e menos disfarçados.
O mundo é feito para os que mantém as mãos a salvo de dentes nervosos. Não conseguimos abrir a esmagadora maioria dos pacotes que indicam "abra aqui". Sempre sofro para abrir a tampinha do meu celular que protege a entrada USB e jamais consegui retirar do meu Nokia seu minúsculo cartão de memória.
Ainda assim, já fiz massagens tântricas "sensitive", que é a mais sutil que aprendi. Como fui capaz de tamanho milagre? Sabe lá Nossa Senhora dos Ansiosos que tem Onicofagia. Quando digo que preciso parar e as pessoas vem falar de pimenta ou fita crepe, alerto: chupei dedo até os 10 anos, com fita isolante e tudo que foi tratamento traumático para parar, só desistindo quando usei um aparelho no céu da boca que rasgava o dedo quando o chupava dormindo.
Será que tem alguma técnica medieval assim para associar sensação horrorosa e parar de destruir as coitadas?
Nessas horas lembro de uma colega do Canal Rural que brincava ao me ver comer tampa de caneta: "sai da fase oral"! Dizem que me desmamaram subitamente: minha mãe tomou remédio para dor de cabeça e o leite secou. Mas isso é psicologês barato. E tema para outro post.
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