Com Deus e o mundo de agenda tomada, depois de 3 anos esperando ex e amigo colorido me levar pra forrozar em vão, peguei minha mochilinha e fui "eu e Deus" ao show do Trio Virgulino sábado. Já tinha desmistificado ver peça e filme sozinha, mas "de quando em vez" ainda queria dividir ao término com alguém conhecido:
- Não foi lindo?
Mas "rasta pé" por minha conta e risco foi a estreia, inspirada na amiga de teatro que vivia no Canto da Ema assim e inventando para quem perguntava:
- Minha amiga saiu com um dançarino agorinha.
Adorei o Sesc Consolação ter me feito descobrir a Praça Lions na mesma rua, sempre passando batido pra mim. Temos que ocupar os espaços públicos da cidade, minha amiga arquiteta está certa! Cheguei com o forró "correndo solto", mas me instalei num canto qualquer e como sou "auto divertida" comecei a dançar sozinha.
Não demorou pra me tirarem pra rodopiar, mas estava enferrujada depois de tanta aula aberta de gafieira, samba e bolero nos Sesc São Caetano e Ipiranga. Que inveja daquele povo dançando descalso! Errando o passo até entrar no ritmo dos dançarinos, não me arrisquei.
Também vi tanto pais quanto mães dançando com os filhotes, como a mulher do professor de gafieira no Sesc São Caetano que levou o pequeno Teo na aula livre aberta e "super curti" os pais contemporâneas encaixando os filhotes nas suas agendas animadas.
Lembrei dos musicoterapeutas da Faculdade Paulista de Artes contando que a identidade musical do Brasil é o baião. E o que podia ser mais brazuca que ver tanto japa mandando bem no ritmo de Luiz Gonzaga?
Não podia ter tido literatura mais apropriada preste sábado "em paz comigo": estou devorando as crônicas de Martha Medeiros do livro Feliz por Nada, considerada "independente demais" por uma leitora desavisada.
E não estou curtindo minha companhia por ter voltado a namorar: antes dele estava há seis meses na fase urso panda: sem procriar nem em cativeiro e como diz meu primo "olhando o macho, o bambu e preferindo o bambu.
Sim, nos finalmentes eu queria era dançar com o namorado, mesmo tendo quebrado o galho com uns e outros, mas é que já estamos há quase uma semaninha "de férias" com o trabalho dele fora. Mas que saudade faz bem ao relacionamento faz. E a gente estar bem conosco mesma então...
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