Na última noite
levei minha dor para passear
Saímos ela ainda era leve
mas à espera do ônibus
seu peso começou a incomodar
Feito criança com sono
não queria ver gente
pedia por cama
e luzes apagadas
Mas o lado sagitariano festeiro
desconsiderou esse anseio
No meio do caminho
a dor apelou ao medo
como chamado de volta ao ninho
Só que livre das lágrimas
teimei cruzando a cidade
Perto de outro berço
pra minha dor aninhar
Xingo e ameaça
choro tive que sustar
A dor que já estava seca
lavou noite
molhou mesa e toalha
inchou olho
embargou voz
Perdõa dor menina
prometo levar cedo pra cama
cantar pra te ninar
quando não quiser comigo andar
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