Quando sua barba derrapa no meu pescoço
os poros agradecem em revoada
E se sua respiração acende minha nuca
meu ventre incendeia
Na hora em que a língua enlouquece meus ombros
invento um novo idioma
Tua boca se aninha em meu colo
e as estrelas da noite correm para dentro do quarto
Teu rosto redesenha as curvas das minhas costas
e a lagoa que não sabia represar em mim
provoca uma enchente sem precedentes
Sua saliva faz nascer um rio
na parte interna do meu braço
e antes das festas juninas
os fogos de artifício quebram a escuridão da noite
Teus beijos enlouquecem atrás do joelho
pisando no acelerador da respiração
Se demora na ponta do vulcão
a lava pede para conter esta erupção
Teu mar e minha lagoa enfim se trançam
e os sentidos viram de ponta cabeça
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