Esse primo claro que já está maior que eu |
paquerava no baile da saudade, subia em árvore com os pequenos já de cabelos brancos, puxava bloco de idoso no Carnaval e levantou gerações numa árvore genealógica em que chegou à conclusão "somos caboclo com caboclo". Não consta gringo e como meus pais são primos, parte dessa árvore se cruza fácil, foram gerações casando primos, eles viviam em fazenda, só visitavam parente, como raios conheceriam gente de fora dos Mendonça, Machado, Brandão ou Duarte? Meu colega prô de história diz que inveja meu pique (embora ele já tenha sido mais digno de neta do seu Renério, mas devo ter puxado parte do gás que sobrou dele). Ah, ele fazia bolinho de chuva, que agora estou com vontade de levar para os alunos (assado, pois sou teimosa natureba). Parte do talento jornalístico também vem dessa direção familiar, pois quando vô vinha para São Paulo, achava gente que tinha trabalhado ou estudado com ele há décadas, pelo 102 (parece que a Telesp tinha um serviço de auxílio à lista melhor que o da Telepar, mas hoje em dia quando tentamos o contato do Ministério Público ouvimos "assinante não autoriza divulgação". Incrível ainda ter teimoso com a cara de pau de defender privatização). Tinha mal estar de não lembrar a última vez em que conversei com seu Renério, pois quando ele ficou 3 meses internados antes de ir embora eu estava naquela fase de quase dormir na redação, com plantão e fim de faculdade. Mas minha mãe recordou que uma prima achou bonito eu cantar para ele no hospital. Tenho uma impressão que a contadora de histórias nasceu lá. Sei que fugi ao título leitor, mas a última vez em que voltei a Cambé, grudada à Londrina, não senti mais o cheiro de terra vermelha, café e chuva. Tô igual Drummond "Itabira é um quadro na parede/ mas como dói". Devia ser bonito plantar lá. Só desconfio que esse perfume da terra ficou na minha infância, não sei se por poluição, falta de água ou... Até os cheiros devem ser mais marcantes quando somos pequenos. Nem é aniversário de ninguém da família. Desconfio que este post nasceu por conta da... minha gata Peteca ser tão "criança feliz" quanto meus alunozinhos das creches. E de repente eu sentir falta da Luciana, Denise, Marcia, Michelle, Rodrigo, Carolina, Rogério, Ricardo, Tiago, Mariana, Raíra, Nathalia, Junior, Renerinho... Pra quem não está um estado abaixo... Um café antes do feriado acabar era providencial, não?
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